O que não deve ser feito em uma Missa e com os leigos

Caros, salve Maria!

Recordemos, primeiramente, alguns pontos do catecismo sobre a Santa Missa que todo o fiel católico deve conhecer, não apenas para si, mas para ensinar aos demais: a Santa Missa é  a cerimônia mais sagrada e agradável a Deus, celebrada por sacerdote católico in persona Christi Capitis – ou seja, na pessoa de Cristo Cabeça (leia: Papa Bento XVI – Audiência Geral); é a renovação do mesmo sacrifício da Cruz realizado no Calvário, onde Nosso Senhor, para nos remir e abrir-nos as portas do Céu, fechadas pelo pecado original, se fez vítima e foi cruelmente açoitado e morto.

Feita esta rápida introdução, cabe frisar que  dada a gravidade do que se celebra, a Santa Missa não é uma cerimônia de “Vivas!” e “Parabéns pra você”, de guitarras e violões, de danças, aplausos, gritos e etc e tal. Entretanto, uma triste e vergonhosa realidade se nos impõe:  em muitas paróquias no Brasil e mundo afora, Padres – e mesmo Bispos – motivados por circunstâncias as mais variadas, usam de suas criatividades vãs e sacrílegas, para incrementar a Missa, fazendo dela algo horrendo, um verdadeiro picadeiro, onde há de tudo, principalmente ausência de sacralidade.

Desta forma, seguimos assistindo a demolição do que há de mais caro, sublime e sagrado da Fé Católica e que outrora – cerca de pouco mais de 40 anos – nos era apresentada como cerimônia sagrada e santificadora. Assistida não apenas por nós da Igreja Militante, mas também  pela Igreja Triunfante e Padecente; por Nossa Senhora e todos os Anjos e Santos do Senhor! Hoje, não raro, a recebemos, como um show – de gosto duvidoso, aliás – um evento social qualquer, onde ou o padre ou um grupo de leigos – geralmente os “cantores” – são os artistas principais, os protagonistas da “missa” – “missa-show” como já alcunhado pela mídia – tirando, roubando, usurpando o lugar que de fato e por direito é de Cristo, Sumo Sacerdote.

Evidências do que até aqui nos referimos podem ser vistas nos vídeos a seguir  que, desgraçadamente, não são os únicos testemunhos daquilo que não se deve fazer em uma Missa. Foi o que ocorreu  na Arquidiocese de Maringá, com a famigerada Missa Pré-balada e na missa celebrada na Catedral de Tortosa na Espanha e noticiada no Fratres in Unum.

Tal situação é consequência da suposta generosidade pastoral de boa parte de nossos excelentíssimos bispos que não emprestam o altar dos templos ordinários aos que desejam – sacerdotes e fiéis – a celebração da Missa Tridentina, mas permitem – ou fazem vistas grossas – celebrações do nível das que acima disponibilizamos. Quando não negam a celebração da Missa Tridentina aos fiéis interessados, limitam-na a poucas vezes ao mês e em locais de difícil acesso.

Brasília é um caso exemplar e que, inclusive, nos leva a perguntar: seria o que a seguir exporemos o que os bispos vem alardeando como a necessária Paz Litúrgica? Vejamos:

A Missa Tridentina em Brasília era celebrada todos os domingos em uma única Paróquia – propriamente dita – e no Lago Sul (de difícil acesso para fiéis que moram em outros locais do DF). Por força de alegações desencontradas e não comprovadas – leia aqui –  a Missa Tridentina passou a ser celebrada em um único domingo do mês e em mesmo local. Nesta paróquia, é necessário que se registre, sequer missas em dias de preceito – bem como casamentos, batismos e confissões segundo o usus antiquor (Rito de 1962) – são celebrados/permitidos quando os fiéis solicitam, a despeito da permissão e vontade expressas do Santo Padre o Papa no Motu Proprio Summorum Pontificum. Graças ao bom Deus, pode-se contar com a generosidade e o acolhimento do Bispo Emérito de Brasília – Dom Terra – que permitiu a celebração da Missa Tridentina em todos os domingos, segundas, quintas, primeiras sextas-feiras do mês e nos dias de preceito na capela de seu Instituto Bíblico, localizado na quadra 601, L2 norte, quase centro de Brasília.

Infelizmente, o mesmo acontece em diversas dioceses no Brasil e mundo afora,  num fragoroso descumprimento do Motu Proprio Summorum Pontificum do Papa Bento XVI – gloriosamente reinante! – e das orientações da Comissão Pontifícia “Ecclesia Dei”, Comissão esta que tem sido a destinatária, como disposto no Artigo 7 do Motu Proprio, de inúmeras reclamações de cerceamento por parte de párocos e bispos ao direito dos fiéis que desejam a celebração da Missa Tridentina e administração dos sacramentos, mas que lhes são negados ou limitados. Esta desoladora situação tem acarretado na multiplicação de missas privadas, com a assistência de fieis, não só em Brasília, mas em outras cidades do país.

Os católicos que prezam a Sagrada Tradição e a Sã e Perene Doutrina católicas e obedientes ao Papa – o Doce Cristo na Terra – somos contrapostos com argumentos esvaziados de qualquer racionalidade – dado que hoje tudo é medido em termos do sentir – de  que “vivemos outros tempos, outras primaveras”. Tempos e primaveras que na verdade vêm desfigurando a identidade católica e desfibrando os fiéis – aí incluídos não apenas leigos, mas muitos da hierarquia eclesiástica – na defesa da Igreja e de Deus, exceção feita a alguns poucos que vivem um verdadeiro martírio silencioso, por procurarem, segundo o usus antiquor (uso antigo) ser fiéis católicos de fato, vivendo anonimamente, celebrando ou assistindo a Missa Tridentina  – ou Missa Gregoriana – que apresenta e renova verdadeira e fielmente a forma Católica da “lex orandi, lex credendi” (“reza-se como se crê”), mesmo que celebradas nas “catacumbas” atuais: em residências, garagens, quartos, salas, etc..

Convido a todos a rezarem pela Santa Igreja, que apesar de seus pecadores e maus filhos, mantém-se imaculada e santa. Rezemos ainda pelo Clero, para que veja e entenda o grave momento que passamos, e possa agir o quanto antes para restaurar a própria fé e a dos fiéis, para que novamente esta mesma Igreja que combateu os imperadores pagãos, mouros e sarracenos possa voltar a combater, lutando desta vez contra a perda da Fé, e como antes, mostre às almas o Único e Verdadeiro caminho do Céu, que é a Fé Católica, vivida e alimentada pelos Sacramentos e pela oração.

Rezemos, rezemos muito!

Maria, Mãe de Deus e nossa e São João Bosco, padroeiro dos jovens, roguem por nós!

Quando o sacerdote celebra a Santa Missa

honra a Deus, alegra os anjos, edifica a Igreja, ajuda os vivos,

proporciona descanso aos defuntos e faz-se participante de todos os bens.

(Imitação de Cristo, Livro IV, Cap. V)

2 respostas em “O que não deve ser feito em uma Missa e com os leigos

  1. Jefferson, salve Maria!

    Imagine o que deve acontecer “às portas fechadas” por aí, coisas que devem ser vetadas ao público para evitar “preconceitos” dos conservadores e radicais!

    Salve Maria!

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