[Notícia] “Procissão das Velas” em Brasília

No último sábado, dia 02 de fevereiro, celebrou-se a Festa da Purificação da Bem-Aventurada Virgem Maria, uma das mais antigas (séc. IV) comemorações litúrgicas do cristianismo. Tradicionalmente, a celebração da Santa Missa é precedida da Benção e Procissão das Velas; entretanto, esses belíssimos rituais têm sido cada vez mais esquecidos – praticamente abolidos – sobretudo após a reforma litúrgica de Paulo VI, que implicou também na alteração do nome da festa para “Apresentação do Senhor”.

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Em Brasília tivemos a grande graça de apreciar imenso tesouro litúrgico neste ano – provavelmente depois de décadas sem a chamada Procissão das Velas na cidade, ao menos no que se refere ao rito segundo o Missal de 1962.

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O celebrante foi o Pe. Daniel Pinheiro (Instituto do Bom Pastor), que celebrou a Santa Missa na Paróquia Santo Cura d’Ars (na Quadra 914, Asa Sul) e conduziu a procissão com aproximadamente uma centena de fiéis nos arredores da igreja – cada um carregando sua vela abençoada anteriormente em rito específico – numa verdadeira profissão pública de fé.

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Durante o trajeto, pessoas nas ruas olhavam interessadas. As procissões católicas – embora cada vez mais escassas – não são de todo uma raridade, ainda hoje. Mas talvez o canto em latim, os paramentos do sacerdote, os véus das mulheres, a quantidade de crianças, e o desconhecimento do caráter comemorativo da data, talvez tudo isso despertasse especial interesse ali. Nos comércios ou de dentro dos seus carros, católicos faziam o sinal da cruz ao ver passar o padre e, logo a frente, o cruciferário com a Cruz de Nosso Senhor erguida e triunfante.

Cantavam as antífonas Adórna thálamum tuum Respónsum accépit Símeon e o Responsório Obtulerunt pro ei Domino, textos litúrgicos previstos no missal; o salmo Lauda Jerusalem; Ave Maria; e o glorioso hino Christus Vincit. De peculiar interesse foi ouvir o povo católico – em procissão em honra pública à Santíssima Virgem – entoando repetidas vezes “Christus vincit, Christus regnat, Christus imperat” logo em frente à sede brasileira da maçonaria…

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De volta à igreja, teve início a Santa Missa, toda cantada. O sermão do Pe. Daniel sobre a Purificação de Nossa Senhora encontra-se publicado neste link.

Notícia da Missa Tridentina no Site do XVI CEN

Abaixo, um reconhecimento “póstumo” da organização do XVI CEN à Missa Tridentina que, apesar da INJUSTA não-divulgação oficial, teve uma assistência enorme por parte de leigos, religiosos e inclusive padres e bispos, na Paróquia Santo Cura D’Ars, ontem pela manhã.

PS: ainda não consegui as fotos para postar no blog. Prometo que ainda essa semana estarão por aqui!


Missa no Rito Tridentino emociona fiéis

“Mane nobiscun Domine ut unun sint” (Fica conosco, Senhor. Que todos sejam um). Com essa mensagem, Dom Fernando Arêas Rifan, da Administração Apostólica São João Maria Vianney, de Campos (RJ), encerrou sua homilia na Missa Solene Pontifical em Rito Romano, celebrada neste sábado, na Paróquia Santo Cura D’Ars.

Dom Rifan explicou que “a Igreja tem vários ritos, ritos diferentes, mas uma só Eucaristia. Isso porque, como diz o Catecismo da Igreja Católica, o mistério de Cristo é tão grande, tão inesgotável, que nenhum rito litúrgico poderá esgotar a Sua grandeza”. Cada um dos ritos da Igreja exprimem um aspecto da grandeza do mistério pascal de Jesus.

O Coral Maria Imaculada, da igreja principal da Administração Apostólica, cantou durante a missa. Antes do início da celebração, o coral entoou o hino do XVI Congresso Eucarístico Nacional. Para o regente do coral, Arindal Júnior, “foi uma oportunidade muito grande cantar em Brasília, dentro de um Congresso Eucarístico”.

As amigas Terezinha Campos e Neusa Lira vieram de João Pessoa para participar do XVI CEN e se emocionaram durante a missa. “Foi maravilhoso, a emoção foi grande, até choramos”. Já Camila Geovana, do Grupo Santa Maria Goreti, em Valparaíso de Goiás, descreveu a missa “como estar com Deus em um jardim”.

O Seminarista Renan Antonio Menezes, da Administração Apostólica São João Maria Vianney, de Campos (RJ), destacou que essa missa é bem comum para eles, “mas é uma alegria muito grande poder estar aqui para mostrar essa riqueza que nós temos”, concluiu.

Por Marina Cristina Costa