[Links] Novos textos no site Scutum Fidei

Divulgamos neste post os novos textos publicados no site de estudos Scutum Fidei (já falamos de outras publicações aqui e aqui, por exemplo).

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São quatro os textos:
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1. NOTA SOBRE AS ELEIÇÕES (Pe. Daniel Pinheiro) LINK

“Com o resultado das eleições, muitos católicos têm demonstrando perplexidade, falta de coragem, cansaço na batalha. Uma certa tristeza é natural, mas não pode ser uma tristeza ruim, que nos leva ao abatimento da alma, que nos faz perder a confiança em Deus ou que nos impede muitas vezes de fazer o bem que podemos e devemos fazer aqui e agora. Diante de tudo isso, é bom considerar ou reconsiderar algumas verdades importantes. (…)”

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2. NAMORO CATÓLICO (IV): MEIOS PARA GUARDAR A CASTIDADE  (Pe. François Dantec) LINK

“Os noivos devem saber que a castidade nem sempre é fácil durante o noivado, sobretudo quando este é demasiadamente prolongado. Todavia, eles devem também estar convencidos de que esta castidade lhes será sempre possível, com a ajuda da graça de Deu, com a qual eles poderão sempre contar.  Para guardar a castidade durante todo o noivado, lhes será preciso cumprir certas condições e pôr em prática certos meios sem os quais eles só poderiam chegar a lamentáveis fracassos. (…)”

3. CANONIZAÇÃO E INFALIBILIDADE (I): TEXTOS DO PADRE DANIEL OLS, OP. LINK

“Como se sabe, e como se verá, a veneração litúrgica quanto a certos defuntos nasceu espontaneamente, mas bem rapidamente as autoridades eclesiásticas perceberam a necessidade de uma regulação, para o próprio bem das almas dos fiéis. Era preciso, de fato, assegurar-se, quanto possível, de que a pessoa venerada estivesse verdadeiramente no céu (o que parece ter sido “provado”, no início, sobretudo pelos milagres operados post mortem). (…)”

4. CANONIZAÇÃO E INFALIBILIDADE (II): TEXTOS DE MONSENHOR GHERARDINI LINK

“Já faz algum tempo que se fala novamente deste assunto. O tema é sem dúvida muito interessante. Entretanto, nada nos fazia pensar, até pouco, que a posição alcançada definitivamente com Bento XIV (1) seria novamente colocada em discussão. Para falar a verdade, as últimas intervenções propuseram poucas novidades; apenas chamaram a atenção para a relação entre infalibilidade papal e canonização. (…)”

Esperamos que o leitor aproveite!

VF

[Artigo] A Armadilha do “Preconceito” e da “Homofobia” – O vocabulario que quer a inversão do que é racional

Clique aqui para ler o artigo completo no site Scutum Fidei, do Pe. Daniel Pinheiro

(…) Queremos tratar neste breve artigo, todavia, de dois termos muito empregados atualmente pelo politicamente correto e pelo lobby homossexual para a promoção de comportamentos que se opõem francamente à natureza. São esses termos: preconceito e homofobia. Esses termos são utilizados por eles exatamente porque invertem completamente a realidade da questão.

Preconceito e homofobia são expressões muito precisas e que significam algo muito mais sério e profundo do que parece à primeira vista. A intenção com o uso desses termos e pelo próprio sentido deles é afirmar que se opor ao homossexualismo é algo contrário à razão. Convém, para explicitar melhor isso, considerar algumas noções filosóficas. (continuar lendo no site original)

[Instrução] Assentimento ao Magistério

As últimas partes do trabalho sobre a possibilidade de erro no Magistério Ordinário não infalível e a coerente adesão a esse Magistério – assentimento moralmente certo e condicionado – foram publicadas no site scutumfidei.org.

4ª Parte – Resposta às objeções. Após demonstrar que a possibilidade de erro no Magistério Ordinário não infalível é real e que, segundo a Revelação e a lei natural, o assentimento só deve ser o mencionado acima, o autor – Padre Daniel Pinheiro – responde a algumas objeções: i) a possibilidade de erro no Magistério ordinário não infalível afeta a indefectibilidade da Igreja? ii) essa possibilidade de erro pode tornar o Magistério Eclesiástico perdição para as almas? iii) e as regras do sentire cum Ecclesia de Santo Inácio não obrigam sempre a uma adesão completa e absoluta ao Magistério, mesmo não infalível?; iv) o  Magistério não infalível não estaria protegido por uma infalibilidade negativa, do mesmo tipo que ocorre nas leis disciplinares e litúrgicas universais?  A todas essas tentativas de se voltar ao univocismo no Magistério – como se todo Magistério da autoridade suprema tivesse que ser infalível para ser realmente Magistério – responde o autor, mostrando que, quando se entendem bem os termos do problema, o dogma da indefectibilidade da Igreja não é nem mesmo minimamente prejudicado. Além disso, o autor demonstra que o Magistério não se torna em nenhuma hipótese perdição para as almas, que o sentire cum Ecclesia Santo Inácio é plenamente válido, quando entendido corretamente, e que a denominada infalibilidade negativa ou indireta não incide nos atos do poder de Magistério propriamente dito, mas em atos do poder de Governo.

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5ª Parte – Positio tuta vel non tuta. Em seguida, o autor analisa a doutrina de certos teólogos, minoritários, que tentam evitar a possiblidade de erro no Magistério Supremo não infalível afirmando que os ensinamentos não infalíveis não dizem respeito à veracidade ou falsidade da doutrina, mas somente ao perigo ou ausência de perigo de certa doutrina nas circunstâncias atuais, no estágio atual da teologia, da filosofia e das outras ciências. Tal doutrina é rejeitada pela maioria dos teólogos, pois é inegável que existem ensinamentos não infalíveis que tratam diretamente da veracidade ou falsidade de determinada doutrina.

Parte Final – Citação dos Teólogos e Bibliografia. Na parte final, o autor traz o argumento de autoridade, citando um bom número de teólogos, constituindo uma amostra do consenso moral dos teólogos acerca da possibilidade de erro no Magistério ordinário não infalível e do devido assentimento ao Magistério não infalível. Uma breve bibliografia é mencionada.

O autor espera assim ter respondido adequadamente às questões: É possível haver erro no Magistério Ordinário ou no Magistério não infalível, ainda que seja Magistério da autoridade suprema da Igreja? Qual assentimento é devido a esse tipo de Magistério? A possibilidade de erro não afeta a indefectibilidade da Igreja? E se esses erros forem sérios e graves?

As questões acima expostas são essenciais para compreender a crise atual da Igreja e para poder responder adequadamente a ela guardando plenamente a doutrina católica e um espírito profundamente católico, evitando o erro da infalibilização de todo Magistério da autoridade suprema por um lado (sedevacantistas e chamados conservadores) e o esvaziamento a priori da autoridade de todo Magistério não infalível (modernistas, progressistas).

Publicações relacionadas:

 

[Instrução] Assentimento ao Magistério

Prezados leitores, salve Maria!

Comunicamos a publicação da terceira parte do trabalho sobre os graus de Magistério e graus de assentimento ao Magistério, no site scutumfidei.org .

scutumfideiEssa terceira parte esclarece muitos pontos da polêmica atual a propósito da adesão devida ao Magistério recente, sobretudo tendo em vista as últimas declarações de Dom Müller a respeito do assentimento devido a determinados atos do Magistério recente e a carta de Dom Di Noia, endereçada aos Padres da Fraternidade por meio do Superior da mesma.

Esse texto permite compreender o que a Igreja pede, quando ela ensina sem engajar a sua infalibilidade, e qual deve ser a postura do fiel católico nos diferentes casos que podem ocorrer. O texto trata de princípios da teologia eclesial católica, mas permite amplamente a aplicação ao debate atual a propósito dos atos do Magistério recente – não infalívelexcluindo as posições extremas do sedevacantismo e de uma adesão absoluta que não é, em nenhuma hipótese, pedida pela Igreja.

Completa-se, assim, o trabalho sobre o assentimento ao Magistério, depois de terem sido considerados os aspectos filosóficos do assentimento humano, os graus de Magistério e a adesão devida a cada um desses graus, sempre baseado nas fontes da revelação – Tradição e Sagrada Escritura – e nos órgãos da Tradição, tais como o Magistério e o consenso dos teólogos. O autor se propõe a publicar, em breve, alguns apêndices com as citações dos teólogos e com respostas a algumas objeções comuns.

Eis, abaixo, alguns excertos.

 No que toca ao assentimento devido ao Magistério infalível:

(…) O assentimento que todo fiel deve ao Magistério infalível é um assentimento absoluto porque o ensinamento infalível exclui toda possibilidade de erro, visto que ele está garantido eficazmente na verdade pelo próprio Deus. Aqui não há lugar para a suspensão de assentimento, qualquer tipo de ressalva, condicionamento ou hesitação. A submissão da inteligência deve ser total, sem possibilidade de apelação. O assentimento firme e irrevogável é uma obrigação grave para todos face à testemunha infalível que é esse Magistério. (…)

  No que toca ao assentimento devido ao Magistério Supremo não-infalível:

(…) O assentimento ao Magistério Supremo não-infalível não pode, então, ser absoluto e a maioria dos teólogos diz que se trata de um assentimento moralmente certo. Trata-se, por conseguinte, de uma certeza moral, que, como dissemos, não exclui a possibilidade do erro, mas somente a sua probabilidade. Os teólogos acrescentam que esse assentimento deve ser também condicionado, quer dizer, implicando a seguinte condição: a não ser que o contrário seja decidido ou tenha sido decidido pela Igreja e a não ser que o contrário seja demonstrado com verdadeira evidência pela razão. (…)

(…) Deve-se, então, ao Magistério supremo não-infalível um verdadeiro assentimento interior da inteligência e da vontade, salvo se a condição se realiza. Dito de outro modo, no caso de evidência do contrário, seja por demonstração da razão (o que não deve ser admitido facilmente, mas somente por alguém capaz na matéria correspondente e depois de longa reflexão diante de Deus), seja por definição da Igreja, é lícito suspender o juízo, duvidar e mesmo dissentir (como diz ipsis litteris Salaverri), embora sempre com a reserva e a prudência que nos impõem o respeito devido à Autoridade Suprema da Igreja e as circunstâncias. O nível de publicidade da reação será determinado, sobretudo, pelo grau de danos eventualmente causados por tal erro. Um recurso ao Magistério infalível também é possível, como sugere Monsenhor Brunero Gherardini em sua súplica ao Santo Padre. (…)

Na conclusão:

(…) Não se deve confundir aquilo que a Igreja distingue: Magistério infalível e Magistério não-infalível de um lado e assentimento absoluto e assentimento moralmente certo e condicionado do outro. (…)

Entre os dois extremos, um por defeito (o Magistério não infalível não tem nenhum valor: modernistas, progressistas e liberais) e o outro por excesso (todo Magistério que vem do ápice da hierarquia é necessariamente infalível: conservadores, sedevacantistas e certos tradicionalistas), tertium datur: doctrina catholica. (…)